IBGE estimativa produção agrícola de 307 milhões de toneladas 

Arroz, o milho e a soja representam 92,1% do cálculo

13/07/2023 às 09:38 atualizado por Thiago Gonçalves - SBA | Siga-nos no Google News
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O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou, nesta quinta-feira (13), a estimativa de junho para produção agrícola de cereais, leguminosas e oleaginosas. Conforme o instituto, a safra de 2023 deve ficar em 307,3 milhões de toneladas, 16,8% maior (ou mais 44,2 milhões de toneladas) que a obtida em 2022 (263,2 milhões de toneladas) e 0,6% acima da estimativa de maio. A área a ser colhida é de 76,9 milhões de hectares, 5,2% maior do que a de 2022 e 0,5% maior que a estimativa de maio. 

O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos deste grupo, somados, representam 92,1% da estimativa da produção e respondem por 87,2% da área a ser colhida. Frente a 2022, houve altas de 24,1% na produção da soja, de 2,8% para o algodão herbáceo (em caroço), de 34,0% para o sorgo, de 13,0% para o milho, com aumentos de 10,6% no milho na 1ª safra e de 13,7% no milho na 2ª safra, e de 5,8% para o trigo. Para o arroz em casca, houve decréscimo de 6,0%. 

Na área a ser colhida, houve aumentos de 4,0% na área do milho (aumento de 1,2% no milho 1ª safra e de 4,9% no milho 2ª safra), de 1,1% na do algodão herbáceo (em caroço), de 22,3% na do sorgo, de 5,7% na do trigo e de 6,4% na da soja, ocorrendo declínios de 5,9% nas áreas do arroz e de 2,8% na do feijão. 

Soja

A estimativa de junho para a soja foi de 148,4 milhões de toneladas e a de milho foi de 124,5 milhões de toneladas (28,1 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 96,3 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz foi estimada em 10,0 milhões de toneladas; a do trigo em 10,6 milhões de toneladas; a do algodão (em caroço), em 6,9 milhões de toneladas; e a do sorgo, em 3,8 milhões de toneladas. 

Cereais, leguminosas e oleaginosas

A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para as cinco Grandes Regiões: a Região Sul (26,9%), a Centro-Oeste (16,9%), a Sudeste (4,7%), a Norte (16,6%) e a Nordeste (3,4%). Quanto à variação mensal, apresentaram aumentos a Região Nordeste (0,1%), a Região Centro-Oeste (0,9%), a Região Sudeste (0,4%) e a Região Norte (2,8%). A Região Sul apresentou estabilidade (0,0%). 

Estados e regiões

Entre as Unidades da Federação, o Mato Grosso é o maior produtor nacional de grãos, com participação de 30,9%, seguido pelo Paraná (15,2%), Rio Grande do Sul (9,6%), Goiás (9,6%), Mato Grosso do Sul (8,9%) e Minas Gerais (5,9%), que, somados, representaram 80,1% do total. Com relação às participações das regiões brasileiras, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (49,7%), Sul (27,1%), Sudeste (9,5%), Nordeste (8,6%) e Norte (5,1%). 

Milho

A estimativa para a produção do milho em grão foi de 124,5 milhões de toneladas, com alta de 1,3% (ou 1,7 milhão de toneladas a mais) em relação a maio. Frente a 2022, houve alta de 13,0%, com aumentos de 8,6% no rendimento médio (5 640 kg/ha), de 3,5% na área plantada e de 4,0% na área colhida. A produção brasileira de milho em 2023 é recorde da série histórica do IBGE, devido ao aumento da área plantada e do rendimento médio, reflexo de um clima mais benéfico neste ano. 

O milho 1ª safra apresentou crescimento de 0,8% na produção quando comparado ao mês anterior, totalizando 28,1 milhões de toneladas. Em relação ao mesmo período, em 2022, este aumento foi de 10,6%, também justificado pelos crescimentos no rendimento médio, de 9,3% (5 261kg/ha), e na área colhida, de 1,2%. 

A estimativa de produção do milho 2ª safra apresentou crescimento de 1,5% em relação ao mês anterior, o que representa 1,4 milhão de toneladas a mais, totalizando 96,3 milhões de toneladas. A explicação vem do crescimento no rendimento médio, de 0,6% (5 762kg/ha), assim como do aumento de 0,9% nas áreas plantada e colhida, para 16,7 milhões de hectares. 

Soja em grão

A produção nacional da soja em grão deve alcançar 148,4 milhões de toneladas, aumento de 0,1% em relação a maio e de 24,1% frente a 2022, devendo representar quase metade do total de cereais, leguminosas e oleaginosas produzidos no País no ano. A recuperação da produtividade das lavouras na maior parte do País, na comparação com a média alcançada em 2022, foi o principal fator responsável por esse aumento. 

A produção de sorgo em grão deve alcançar 3,8 milhões de toneladas, aumentos de 2,8% em relação ao divulgado em maio, e de 34,0% em relação ao obtido em 2022. Esta produção é recorde da série histórica pesquisada pelo IBGE. O aumento da produção tem sido acompanhado pela expansão das áreas cultivadas no Norte, no Sudeste e no Centro-Oeste. 

A produção do trigo em grão deve alcançar 10,6 milhões de toneladas, aumentos de 0,3% em relação a maio e de 5,8% em relação a 2022, quando o Brasil colheu a maior safra da história. Portanto, se esse número se confirmar, em 2023 o Brasil deverá colher sua maior safra de trigo. A área a ser plantada apresenta um crescimento de 0,4% em relação ao mês anterior, com o rendimento médio declinando em 0,1% (3 202 kg/ha). 

No comparativo anual, a área plantada cresceu 5,7%, enquanto o rendimento médio aumentou em 0,1%. Dessa forma, a permanecer as boas condições climáticas de 2022, o aumento da área plantada deve assegurar um acréscimo considerável da produção do cereal em 2023.

Com informações e foto IBGE
 


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